"Grupo de Dilma planejou o seqüestro de Delfim Netto". Com esta manchete espalhafatosa, que lembra os veredictos dos verdugos do regime militar, a Folha de S.Paulo deu início à campanha de baixarias contra a candidata preferida de Lula. O jornal, que se desgastou e perdeu assinantes ao qualificar a sanguinária ditadura de "ditabranda", não recua. Ele utilizará todos os meios sujos para "torturar" a ministra Dilma Rousseff, visando fustigar a sua campanha à sucessão de 2010.
A reportagem, inclusive com a "ficha policial" de Dilma, parece ter sido feito sob encomenda para a campanha publicitária do tucano José Serra - que, apesar de ter vivido no exílio durante o regime militar, preferiu se omitir diante do neologismo "ditabranda", reforçando seus laços com o que há de mais reacionário na sociedade. A ministra é apresentada como assaltante de bancos e planejadora de operações de assassinatos. A imagem construída é de uma "terrorista perigosa".
A reportagem, inclusive com a "ficha policial" de Dilma, parece ter sido feito sob encomenda para a campanha publicitária do tucano José Serra - que, apesar de ter vivido no exílio durante o regime militar, preferiu se omitir diante do neologismo "ditabranda", reforçando seus laços com o que há de mais reacionário na sociedade. A ministra é apresentada como assaltante de bancos e planejadora de operações de assassinatos. A imagem construída é de uma "terrorista perigosa".
A família terrorista dos Frias
A atual ministra até foi entrevistada e negou, de forma taxativa, qualquer participação no plano de seqüestro do ex-ministro Delfim Netto, tzar da economia no regime militar. Mesmo assim, o jornal da Famíglia Frias preferiu estampar na capa o título espalhafatoso, sabendo que milhares de leitores são deformados na leitura instantânea das manchetes e na visualização das fotos. A grosseira manipulação até permitiria a abertura de um processo jurídico por danos morais.
A reportagem, como é comum neste "jornalismo canalha", também peca por não contextualizar o fato. A ministra fica com a pecha de "terrorista", já a Famíglia Frias, que apoiou o golpe militar, cedeu suas peruas para transportar presos políticos à tortura e respaldou o setor "linha dura" dos generais fascistas, surge como partidária do jornalismo investigativo e independente. Um engodo que dá ânsia de vômito - ou azia, conforme afirmou o presidente Lula sobre a leitura de jornais.
A atual ministra até foi entrevistada e negou, de forma taxativa, qualquer participação no plano de seqüestro do ex-ministro Delfim Netto, tzar da economia no regime militar. Mesmo assim, o jornal da Famíglia Frias preferiu estampar na capa o título espalhafatoso, sabendo que milhares de leitores são deformados na leitura instantânea das manchetes e na visualização das fotos. A grosseira manipulação até permitiria a abertura de um processo jurídico por danos morais.
A reportagem, como é comum neste "jornalismo canalha", também peca por não contextualizar o fato. A ministra fica com a pecha de "terrorista", já a Famíglia Frias, que apoiou o golpe militar, cedeu suas peruas para transportar presos políticos à tortura e respaldou o setor "linha dura" dos generais fascistas, surge como partidária do jornalismo investigativo e independente. Um engodo que dá ânsia de vômito - ou azia, conforme afirmou o presidente Lula sobre a leitura de jornais.
A nova baixaria da Folha pode, porém, trazer frutos positivos. Mais leitores enojados com tanta manipulação poderão cancelar as suas assinaturas, afetando o bolso e atiçando as brigas entre os herdeiros da Famíglia Frias. Ela também revelou uma ministra que não se intimida diante do terrorismo midiático. Provocada pela repórter, Dilma não vacilou em criticar a Folha. "Minha filha, esse seu jornal não pode chamar a ditadura de ditabranda, viu? Não pode, não. Você não sabe o que é quantidade de secreção que sai de um ser humano quando ele apanha e é torturado".
*Altamiro Borges é Jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB - Partido Comunista do Brasil
3 comentários:
Sempre li a folha,mas agora simplesmente a deixei de lado.Além da campanha sórdida iniciada contra Dilma,o jornal tem caído numa certa "irrelevância cultural",privilegiando certas igrejinhas da intelligentsia local,inclusive privilegiando colunas de fofocas sobre celebridades,o famigerado big brother e outros quejandos.Essa estória da ditabranda foi uma espécie de gota d'água.Assiste-se aum furor demagógico da pior espécie.Não leio nem compro mais.E quem diria,o Estadão tem sido infinitamente mais imparcial.
Gostei muito do seu blog.Parabéns.Um abraço do james.Vou segui-lo com prazer.
james!
Valeu a visita...e parabéns pelas pesqusia de imagens no teu blog...
pois é...aqui pelo sul temos uma imprensa q se presta ao mesmo tipo de jornalismo...
dá uma conferida no exemplo aqui do Jornalismo B :
http://jornalismob.wordpress.com/2009/04/08/1612/
e vamos nos falando pela blogosfera!
Abraço!
Parabéns!
Valeu!
Forte abraço
Mari Amorim
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