terça-feira, 19 de maio de 2009

LULA é da Paz !

Deu no El País !
Deu na Rádio da ONU !
Deu na UNESCO Brasília !
Deu na Agência Brasil (bem discretamente) !
Deu na Última Hora !
e em alguns canais e blogs alternativos, mas na grande imprenssa brasileira não deu nada! No New York Times também não deu! E olha que é uma notícia importante!
Pra quem não clicou nso links acima, trata-se do Prêmio pela Paz Félix Houphouët-Boigny concedido pela UNESCO desde a 1989 (veja aqui , em Inglês ou FrancÊs), sempre que alguma personalidade reúne condições ou realizações condizentes com o espirito do prêmio (ou seja, não é obrigatório que anualemnte seja alguém laureado; apenas quando algúém é reconhecidamente merecedor!)


"Decidimos conceder o Prêmio pela Paz Félix Houphouët-Boigny a Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República do Brasil, por suas ações em busca da paz, do diálogo, da democracia, da justiça social e da igualdade de direitos, assim como por sua valiosa contribuição para a erradicação da pobreza e a proteção dos direitos das minorias", justificou o ex-presidente de Portugal Mario Soares, integrante do júri, ao anunciar a decisão.

Pois é, mas está tudo bem escondido pela nossa imprensa maior. Os grandes veículos de comunicação ignoraram solenemente esta premiação que credencia o presidente Lula, inclusive, ao PrÊmio Nobel da PAZ, já que, em oportunidades anteriores, esta premiação foi seguida depois pelo Nobel, na Suécia.


O Lula, aquele que a elite julga tão incapaz, é favorito ao Nobel da Paz. Nobel esse que ninguém no Brasil, mesmo da elite cheia de competência, jamais foi capaz de receber. Nem de chegar perto de ganhar (Augusto Boal, também ligado ao PT, foi concorrente ao Nobel da Paz por seu trabalho com o Teatro do Oprimido e inclusive é candidato, pós-morte, ainda esse ano, também). Sérgio telles - Opiniões.

Guantánamo

Ainda em janeiro, postando sobre a posse de Obama, uma das questões que mais me chamava a atenção era o possível fechamento da prisão de Guantánamo. Aventada durante a campanha e citada nas primeiras manifestações do Presidente, dava a entender que poderia se abrir uma nova época na política externa e na "Cruzada" contra o "terrorismo" das épocas Bushianas, mas como o Tio Sam é o mesmo não poderíamos nos iludir.
Presos políticos de Guantánamo voltarão a ter julgamento militar
do site Adital -

Na ultima sexta-feira, 15, o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu reinstalar o Tribunal Militar na base de Guantânamo, em Cuba, local em que estão detidos presos políticos que respondem por supostos atos terroristas. Durante a campanha eleitoral, Obama prometeu que fecharia a prisão.

Nos primeiros dias como presidente, Obama assinou uma ordem executiva em que suspendia por 120 dias os julgamentos em Guantánamo e garantia a possibilidade de fechar a prisão no prazo de um ano. Para o professor do departamento de Economia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Nildo Ouriques, que integra o Instituto de Estudos Latino-americanos (IELA), tal medida não mostrava que o presidente realizaria grandes mudanças na gestão, o que, agora, está sendo comprovado.

De acordo com o professor, o retorno dos Tribunais Militares mostra que "os Estados Unidos continuam violando a própria Constituição", pois "os juízes especiais [utilizados nesses Tribunais] não têm amparo jurídico nos Estados Unidos". Além disso, o professor ainda critica a promessa de Obama em fechar a prisão: "ele não tem que fechar as prisões, ele tem é que devolver Guantânamo aos cubanos", considera.

Para o professor, a atitude de Obama em relação a Guantânamo já era esperada. Ele afirma que, com o anúncio, começam a cair as esperanças dos que viam o presidente como "Jesus Cristo". Para Ouriques, o presidente é apenas um político americano e que, como tal, é o representante do imperialismo norte-americano. "Os eleitores de Obama certamente estão vendo como um político convencional", afirma.

Segundo o professor, o que se pode perceber é que o presidente estadunidense continua seguindo a política imperialista do país. "Obama está se comprovando ser o que seria um político americano", afirma. Para ele, quem se surpreendeu com a decisão do presidente era porque estava muito iludido. "Por que os Estados Unidos iam se tornar bonzinhos?", questiona.

O que também continua em questão será a forma do julgamento. Os Tribunais Militares, também chamados de "comissões militares" se estabeleceram na administração de George W. Bush para julgar suspeitos por atos de terrorismo. Vários organismos de direitos humanos criticam a prisão por manter pessoas sem o julgamento legal a que têm direito e por adotar práticas de tortura.

De acordo com informações da administração, os presos serão julgados através de um novo sistema que consistirá em uma série de "proteções legais" para os acusados. Entretanto, para Ouriques, a permanência de torturas na prisão ainda é uma "incógnita".