terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Começando o Pós-Lula

Primeiros dias do Governo Dilma; várias expectativas a partir da retrospectiva do Governo Lula. Nestes dias de muitos balanços e muitas avaliações, destaquei uma do Juremir Machado da Silva, no Correio do Povo (29/12) , com erros, acertos e os saldos (altamente positivos!) de Lula e seus governos.

Chegando ao blog do @juremirm - como de costume - me deparo com outras boas análises que reparto por aqui:

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Aula de economia no Esfera Pública

Taline Oppitz e eu recebemos todo dia, no programa Esfera Pública, das 13 às 14 horas, na Rádio Guaíba, alguma fera da cultura, da economia ou, principalmente, da política.
Nesta quinta-feira, apagar das luzes do ano de 2010, recebemos o professor de economia da PUCRS, Leandro Lemos. Meu colega. Ele deu um banho. Esmagou cada argumento dos que rejeitam categoricamente o governo Lula. Fustigou o antipetismo gaúcho que põe o Rio Grande do Sul na contramão da história.
Alguns dados:
Nos últimos quatro anos, o PIB brasileiro dobrou de 1 para 2 trilhões.
Foi o único país no mundo a dobrar seu PIB.
Deve dobrar de novo nos próximos quatro anos.
Os brasileiros estão entre os que trabalham o maior número de horas semanais no mundo.
No começo da era Lula, o salário mínimo comprava meia cesta básica.
Hoje, compra duas e meia.
A média de crescimento econõmico anual do governo FHC foi de 3,2%. A do governo Lula foi de 4,6%.
Pela primeira vez, em décadas, o Brasil cresceu distribuindo renda.
Querem mais?
Pela primeira vez a classe A aparece em quarto lugar no ranking global brasileiro do consumo.
Em primeiro lugar, classe C, em segundo, classe D, em terceiro, classe B.
Corremos risco de uma bolha?
Só tem bolhinha por enquanto.
Fizemos tudo?
Claro que não.
Faltam as reformas estruturais: tributária, política, eleitoral, da previdência.
Falta melhorar muito em educação e saúde.
Mas o ProUni é um fato.
E os alunos do ProUni aparecem entre os laureados ao final da faculdade.
Os bancos ganharam muito?
Sim, mas nem todo banqueiro é larápio.
Só que os bancos faturam quase tudo com juros.
Nossa dívida interna é pavorosa?
Sim. Mas nossos papéis são os mais procurados do mundo.
Claro, nossos juros são altíssimos.
Mas nossa dívida interna é de médio e longo prazo.
Estamos com a faca e o queijo na mão.
Apenas 8% do que ganham é com serviços.
Captam dinheiro pela taxa Selic e repassam a juros de 180%.
É assalto à mão armada.
Conclusão: nada de "lulaísmo", mas tampouco de antipetismo.
Afinal, 40 milhões de brasileiros viraram consumidores.
Um país de excluídos ganhou um naco de inclusão.
Eis a explicação dos 87% de aprovação de Lula.
E a corrupção?
É endogéna.
Existe no mundo inteiro.
Não foi maior no Brasil do Lula.
Foi a de sempre.
Cabe enfrentá-la.
E apostar mais em bons técnicos na saúde, na educação e na tecnologia.
Não estamos no melhor dos mundos.
Mas nosso mundinho está um pouco melhor. Postado por Juremir Machado da Silva - 30/12/2010 15:18