quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Acabo de chegar da 10ª Coordenadoria Regional de Educação. Fui convocado, como diretor de escola, para uma reunião de apresentação de um vídeo com falas para o início do ano letivo.

Logicamente tivemos uma fala (com cerca de 40 minutos) da secretária Mariza Abreu; e mais alguns vídeos com falas sobre outros temas.

Além da apresentação e defesa do "Novo Jeito", o vídeo traz uma fala do Professor Lino de Macedo, da USP; figura com boa produção em pesquisas sobre referenciais cognitivos e habilidades e competências. Conhecido lá na escola onde eu trabalho pela sua participação nos materiais de suporte teórico-metodológico para o ENEM. (quer dizer, espero que uma boa porção dos colegas tenha lido o material!!!)

Mas o "grosso do caldo" era o Governo Yeda e a blindagem à pasta de Mariza.
São minutos de uma fala que tenta ser pessoal, informal mas que nãoconsegue derrubar a antipatia construída pela figura.

Faz um balanço da educação no Governo Yeda e, com uma fala muito bem articulada - gravada na solidão de uma câmera e com a possibilidade de cortes e edições,com direito a recuos e a afastamentos do foco conforme a ênfase do assunto.


Nas suas "doces" palavras Mariza reafirmou as diferenças existentes hoje numa escola pública que praticamente universalizou a oferta e o acesso e, como em outras oportunidades, deixa claro que atribui às camadas populares algumas "dificuldades" vividas hoje na rede pública "que não se viam em décadas atrás, quando a escola era ocupada quase que exclusivamente pela classe média" (sic). Outra questão abordada foi a planejada padronização dos currículos, sob o argumento de que do jeito que está hoje não há referências comuns (sic).

Inclusive Mariza faz alusão ao movimento "Todos pela Educação" (sugiro a leitura de vários índices e estatísticas sobre a educação no Brasil e uma outra psotagem mais pra frente, quem sabe...) para justificar essa "unificação".
O vídeo, como um todo, merece uma atenção especial e um bom debate em cada escola, com os devidos contrapontos e questionamentos.

Basicamente duas coisas chamaram a atenção dos presentes.

A primeira delas é que o vídeo DEVERÁ SER PASSADO em todas as escolas e, até metade de março, um relatório DEVERÁ ser entregue na Coordenadoria. Uma eficiente (?) forma de controle e de garantia de que todo mundo ouça a Secreatária Mariza. (Sem isso acho que pouquíssimas escoals investiriam seu tempo nesse material).

A segunda questão que chama a atenção é a articulação, provavelmente construída em reuniões de chefias em POA, para a "versaõ" da campanha sindical dos out-doors: insistem na "falta de respeito", "ninguém está livre de ser criticado", "imagina um diretor com o rosto estampado em cartazes daqueles?". Como sempre, aqui em baixo a estratégia é a mesma: desviar o debate na tentativa de esvaziar o conteúdo político e todo o descalabro que vem sendo o "Novo Jeito".

Quem tem, tem medo...
Ao mesmo tempo em que ameaça sindicatos e servidores públicos, Yeda e seu governo silenciam sobre as acusações feitas peloPSOL. Com a conivência da mídia gorda, esconde-se na tentativa de construir uma agenda positiva (!!!). Entre sua s missões principais aponta a necessidade de garantir amanutenção do veto ao abono da greve aprovado em primeira votação na Assembléia Legislativa. Ô governinho positivo esse!!! Nem quero ver quando forem trabalhar uma "agenda negativa"! Sai de perto!!!!!!

O PSOL desafia o governo a processá-lo , mas Yeda diz que prefere ouvir os conselhos de sua mãe: "Não entrar em briga com bêbados" ... Mas os bêbados seguem falando , e firmes!! olhe só:

PSOL reitera denúncias ao presidente da Assembléia Legislativa
A deputada federal Luciana Genro , acompanhada do presidente estadual
do partido, Roberto Robaina e do vereador Pedro Ruas, levou, na quarta-feira de
cinzas, a mesma relações de denuncias contra a governadora Yeda Crusius
que havia apresentado a imprensa na semana passada ao presidente da Assembléia
Legislativa, deputado estadual Ivar Pavan.
Ela pediu ainda ao deputado que os informasse sobre o andamento do pedido de impeachment apresentado pelo PSOL no ano passado que ainda tramita na Comissão de Constituição e Justiça. Pavan, que estava acompanhado de outros deputados estaduais do PT, aceitou a denúncia e prometeu levar adiante o processo de impeachment que, segundo ele, deverá ser analisado pelo plenário ainda neste semestre.

Luciana informou ao sair da reunião no Gabinete da Presidência da Assembléia, que o processo tem como relator o deputado estadual Paulo Odone ( PPS) o que a deixava preocupada. Entretanto, disse também ter a certeza de que o
assunto será apreciado em plenário. Ela esclareceu ainda que o pedido de impeachment é um processo diferente da denuncia sobre a compra da casa da
governadora que está sendo analisada pelo Ministério Público de Contas.
A deputada, o vereador Pedro Ruas e o presidente estadual do PSOL,
Roberto Robaina, conversaram durante 40 minutos com Pavan e reiteraram ao deputado que as provas das denúncias já estão em mãos da juíza federal de Santa Maria, Simone Barbizan e o Poder Legislativo poderá requisitar
a apresentação em público destas provas. (veja vídeo aqui)

Notícia do site http://www.psolrs.org.br/ do dia 25 de fevereiro.

Retomam até o debate sobre o "Impedimento" de Yeda, mas os "crusius" preferem não comentarrrrrr...

Leia mais sobre as (pen)últimas em "Uma ex-governadora em atividade e conheça Walna, mais um personagem nessa intriga...


2 comentários:

Unknown disse...

Oi, Dire!

Assisti ao vídeo ontem lá no Jonfa! Ou o que foi possível em meio ao burburinho das colegas... A equipe diretiva da escola cumpriu a tarefa de casa e @s profe colaboraram fingindo que ouviam a fala da secretária... nenhum debate, nada... aliás a proposta é essa...

A desigualdades entre as escolas da rede estadual advêm das iniciativas (ou da ausência delas) das equipes diretivas e das comunidades...

Nosso salário é insuficiente por consumimos muito...

Então, tá!

Fico por aqui... com muita raiva!!! Não aguento mais ser desrespeitada... ser taxada de incompetente... ser a única responsável pelo baixo desempenho d@s alun@s nas provinhas... e, ainda por cima, abrir o contra-cheque e depois de tanto tempo e igual dedicação... enxergar os 600 pilas... me sinto envergonhada...

Tô com nojo!

Até!!!

Unknown disse...

Oi, Dire!

Voltei...

Os LabIn devem ser usados pelos profes de acordo com os planejamentos individuais... o profe de matemática, o profe de português...cada um agenda o uso do LabIn e vai com sua turma desvendar os softwares educacionais disponíveis...

Então, tá!

Se não funciona, é porque os profe não querem, são acomodados...

Então, tá!

Tenho nojo disso!