domingo, 23 de janeiro de 2011

DOMINGO (7)

...
You take advantage of what's mine
You're taking up my time
Don't have the courage inside me
To tell you please just let me be

sábado, 22 de janeiro de 2011

Sábado (6)


...
You know weve done so many things together
But it seems that I'm gonna move on now
You know that im gonna keep on livin
But it wont be the same without you girl
It aint easy, you know its hard, so hard

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Sexta-feira (5)

...
The drugs they give you
are something I don't trust
At least when side effects come fast
Just like in the past



quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Quinta-feira (4)

...
Se você sentir saudade
por favor não dê na vista
Bate palma com vontade, 
faz de conta que é turista

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Quarta-feira (3)

...
"Continuerò senza di te
Senza esser più tradita
Da promesse di "mentira"
E mi alzerò senza te,
Io non voglio più un fallito
Ogni mattina accanto a me
Mi rialzerò!"

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Segunda-feira (1)

 
...
Eu não vou pro inferno
Eu não iria tão longe por você
Mas vai ser impossível não lembrar
Vou estar em tudo em que você vê

sábado, 15 de janeiro de 2011

Havia uma reta oposta entre nós. 
Uma diagonal dilacerante nos afastava. 
Olhares cruzavam o velho salão e tentavam encurtar distâncias. 
Idiomas diferentes mas a esperança de entenderem-se facilmente sobre essas coisas da língua.
 E da pele. 
Afinal, o mundo tem tantas e maiores dificuldades. 
Uma noite inteira ainda no separava do próximo amanhecer. 
Outros caminhos; outras estradas.
Alguns segredos.
Mas uma noite em comum. 
Uma noite incomum.
Ainda havia um salão entre nós, mas a essa altura já confessamos, em silêncio, que apenas isso nos separava.

(dos Contos em Noites Estrangeiras - sem data para publicação)



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Comuna resiste na França!

De Carta Capital

‘Aldeia gaulesa’ do comunismo na França completa 80 anos de governos do PCF

Por Erica Campelo, no Opera Mundi


Estamos no ano 2010 depois de Cristo. Toda a França foi tomada por governos não comunistas. Toda? Não! Um município governado por irredutíveis comunistas ainda resiste.

Há 80 anos, a comuna de Ivry-sur-Seine, apenas cinco quilômetros ao norte de Paris e parte da região metropolitana da capital francesa, resiste ao enfraquecimento do comunismo como força política na Europa e ao encolhimento do próprio PCF (Partido Comunista Francês) – ao qual são filiados os prefeitos da cidade desde os anos 1920.

Naquela época, quando os efeitos da Primeira Guerra Mundial ainda eram sentidos, mais de 20 municípios da periferia parisiense aderiram ao comunismo. Formando um entorno sobre a capital da França, essas cidades seriam historicamente conhecidas como “cinturão vermelho” ou “periferia vermelha”. E Ivry, particularmente, é hoje uma das gestões comunistas mais antigas e duradouras do mundo.

Alguns dos elementos para compreender essa longa trajetória comunista se encontram já nas primeiras gestões munícipais. Os fenômenos de transformação urbana e as metamorfoses das comunas que cresciam ao redor de Paris eram uma questão fundamental e exigiam uma resposta administrativa nova na vida política francesa. Para o historiador Emmanuel Bellanger, pesquisador do Centro de História Social do Século XX, ligado à Sorbonne, o fenômeno “contribuiu para radicalizar a expressão política francesa e, em particular, reforçar uma nova radicalidade na periferia de Paris”.

Em 1925, o relojoeiro George Marrane, membro do PCF, assumiu pela primeira vez a prefeitura de Ivry. Na época, ele já era membro da central sindical CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) e fazia parte do conselho de administração do jornal comunista L’Humanité. Foi prefeito da cidade desde então até 1965, menos no período de 1939 a 1945 – quando, em função da ocupação alemã na França, o Partido foi proibido no país. Antes de ser prefeito, Marrane já tinha combatido na Primeira Guerra quando assumiu e foi da Resistência Francesa durante a Segunda Guerra.

Segundo Michèle Rault, chefe do serviço de documentação da prefeitura de Ivry, “Marrane deu prioridade aos principais temas da periferia e, em particular, à questão da habitação, que é importante até hoje”. Um bom exemplo dessa intervenção foi a criação do primeiro conjunto de moradias com aluguel moderado (HLM, na sigla em francês), em 1927, política que se tornou símbolo maior da administração comunista.

Crescimento
Na França, a atividade municipal se intensificou durante as duas guerras, os anos de ocupação nazista e desenvolveu toda sua potencialidade nos chamados “30 anos gloriosos” (1945-1974), período de grande crescimento econômico para a França. Com a libertação e o prestígio adquirido na Resistência, o PCF tornou-se uma grande força por muitas décadas. Como explica Rault, “as atividades para a infância, como as colônias de férias, as atividades esportivas, a educação e o conjunto dos serviços públicos constituem o centro das políticas desenvolvidas em Ivry, no pós-guerra”.

Outro fator que explica a continuidade dos mandatos comunistas em Ivry é a boa transição entre as gerações de políticos. Durante todo esse período, a cidade contou com apenas três prefeitos. Após Marrane, foi a vez do torneiro-mecânico Jacques Laloë assumir, em 1965. Ele participara da gestão de Marrane como o mais jovem político da França. Laloë exerceu suas funções por seis mandatos, até 1998, quando passou o cargo para Pierre Gosnat, o atual prefeito.
“Gosnat é filho de antigos militantes comunistas, neto de comunistas que foram eleitos em Ivry. Seu pai foi deputado, seu avô era um prefeito-adjunto já na primeira gestão comunista. A gente tem em Ivry uma coesão muito forte, mais forte que em outros municípios comunistas”, enfatiza Bellanger.

Desindustrialização
No entanto, as mudanças estruturais do país, começando ainda nos anos 1960 e se amplificando nas décadas de 1970 e 1980, foram parte da causa do enfraquecimento do partido.
“Um drama enfrentado pelas cidades foi o processo de desindustrialização. Assistimos a uma terceirização da economia e à passagem industrial para uma economia de serviços. Isso tem efeitos importantes, contribui para a pauperização de classes populares que não são formadas para se adaptar ao emprego terceirizado. Houve uma explosão do desemprego em cidades da periferia vermelha”, completa o pesquisador.
Em 1954, a cidade de Ivry – de perfil industrial desde o início do século XIX – tinha 54% de trabalhadores na indústria. Hoje, o setor acolhe apenas 19% da população economicamente ativa. Mesmo assim, Ivry ainda é um importante núcleo industrial da região metropolitana de Paris.

Invasão burguesa
Outro problemas que a gestão comunista em Ivry tem de enfrentar também é o fenômeno de “aburguesamento” (também chamado de “gentrificação”) da região. Michèle Rault destaca “a importância de novos segmentos sociais que se formam com a instalação de pessoas com um poder aquisitivo maior. Essas pessoas não têm a mesma relação com o Partido Comunista”.

Uma parte significativa dessa nova população é composta por parisienses que se deslocam para a periferia próxima da cidade em função da explosão imobiliária da capital.

O problema da moradia e sua importância na configuração social continua sendo uma agenda importante para a adminstração comunista. No plano político, segundo o historiador Boullager, “Ivry tem ainda hoje um importante setor popular” e, embora o PCF não tenha mais o monopólio do poder na periferia, o comunismo pode resistir, “nas cidades onde ele faz alianças com forças de esquerda. Eu penso que a unidade de diferentes famílias da esquerda vai ser reforçada pela vontade de barrar Sarkozy nas próximas eleições presidenciais. Essas alianças podem ajudar a reforçar também o comunismo nos municípios

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Começando o Pós-Lula

Primeiros dias do Governo Dilma; várias expectativas a partir da retrospectiva do Governo Lula. Nestes dias de muitos balanços e muitas avaliações, destaquei uma do Juremir Machado da Silva, no Correio do Povo (29/12) , com erros, acertos e os saldos (altamente positivos!) de Lula e seus governos.

Chegando ao blog do @juremirm - como de costume - me deparo com outras boas análises que reparto por aqui:

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Aula de economia no Esfera Pública

Taline Oppitz e eu recebemos todo dia, no programa Esfera Pública, das 13 às 14 horas, na Rádio Guaíba, alguma fera da cultura, da economia ou, principalmente, da política.
Nesta quinta-feira, apagar das luzes do ano de 2010, recebemos o professor de economia da PUCRS, Leandro Lemos. Meu colega. Ele deu um banho. Esmagou cada argumento dos que rejeitam categoricamente o governo Lula. Fustigou o antipetismo gaúcho que põe o Rio Grande do Sul na contramão da história.
Alguns dados:
Nos últimos quatro anos, o PIB brasileiro dobrou de 1 para 2 trilhões.
Foi o único país no mundo a dobrar seu PIB.
Deve dobrar de novo nos próximos quatro anos.
Os brasileiros estão entre os que trabalham o maior número de horas semanais no mundo.
No começo da era Lula, o salário mínimo comprava meia cesta básica.
Hoje, compra duas e meia.
A média de crescimento econõmico anual do governo FHC foi de 3,2%. A do governo Lula foi de 4,6%.
Pela primeira vez, em décadas, o Brasil cresceu distribuindo renda.
Querem mais?
Pela primeira vez a classe A aparece em quarto lugar no ranking global brasileiro do consumo.
Em primeiro lugar, classe C, em segundo, classe D, em terceiro, classe B.
Corremos risco de uma bolha?
Só tem bolhinha por enquanto.
Fizemos tudo?
Claro que não.
Faltam as reformas estruturais: tributária, política, eleitoral, da previdência.
Falta melhorar muito em educação e saúde.
Mas o ProUni é um fato.
E os alunos do ProUni aparecem entre os laureados ao final da faculdade.
Os bancos ganharam muito?
Sim, mas nem todo banqueiro é larápio.
Só que os bancos faturam quase tudo com juros.
Nossa dívida interna é pavorosa?
Sim. Mas nossos papéis são os mais procurados do mundo.
Claro, nossos juros são altíssimos.
Mas nossa dívida interna é de médio e longo prazo.
Estamos com a faca e o queijo na mão.
Apenas 8% do que ganham é com serviços.
Captam dinheiro pela taxa Selic e repassam a juros de 180%.
É assalto à mão armada.
Conclusão: nada de "lulaísmo", mas tampouco de antipetismo.
Afinal, 40 milhões de brasileiros viraram consumidores.
Um país de excluídos ganhou um naco de inclusão.
Eis a explicação dos 87% de aprovação de Lula.
E a corrupção?
É endogéna.
Existe no mundo inteiro.
Não foi maior no Brasil do Lula.
Foi a de sempre.
Cabe enfrentá-la.
E apostar mais em bons técnicos na saúde, na educação e na tecnologia.
Não estamos no melhor dos mundos.
Mas nosso mundinho está um pouco melhor. Postado por Juremir Machado da Silva - 30/12/2010 15:18