A posse de Barack Obama tomou conta do mundo hoje e certamente abre expectativas inúmeras sobre as respostas que dará o novo titular da Casa Branca aos problemas econômicos mundiais e aos questionamentos ao poderio bélico-político estadunidense.
Vemos ainda muito ceticismo quanto à possíveis mudanças nas relações de poder e nos métodos de atuação dos EUA; muitos acreditam que Barack apenas continuará a gestão dos "negócios" do Tio Sam, utilizando todas as formas possíveis de manutenção da sua supremacia e hegemonia.
Eu sou daqueles que pensam que muitas das respostas não podem se dar por previsões. Política e relações internacionais não podem ser espaço para futurolgias.
Penso, porém, que alguns elementos são emblemáticos de novos paradigmas, isso sim.
Afinal a figura de um homem negro, jovem, com a história familiar que tem, que assina "Hussein" entre seus nomes mais conhecidos, com educação e influência islâmica na sua formação, filho de Queniano ocupar a presidência dos EUA é pouco comum; impensável há menos de meia década. Simbolicamente temos uma figura diferenciada ocupando o cargo dito mais importante do planeta.
Barack também elegeu-se num vácuo de legitimidade de Bush. Guerras sem fim e crise especulativa ajudaram a derrubar os republicanos e alternarem, após dois mandatos de George W., com os democratas.
Então, Obama emerge de uma conjuntura economica,financeira,politica e social muito dificil,o que deu a ele o beneficio da duvida face ao despreparo e conservadorismo de seus adversarios (McCain e a Miss Alaska).
Ao longo da história os democratas, com sua política relativamente liberal, deram melhores respostas para os problemas onde a atuação estadunidense determinava maior ou menor tensão. Caso exemplar o de Carter, que inclusive estabeleceu relações diplomáticas com Cuba.
Cuba aliás, que comemorou 50 anos da Revolução é o principal teste no continente, para a capacidade de distenção do havaiano Barack. Aguardamos pela concretização do diálogo mundial e para o fim do embargo assassino imposto à ilha.
Também os recentes conflitos na Faixa de Gaza e o recrudesciemnto da violência oficial de Israel parece aguardar um gesto de Obama. O Likud, setor majoritário e de extrema direita da política israelense começa a reorganizar suas posições internas, diminuindo espaços dos fundamentalistas e respaldando posiçõe s mais pragmáticas e lideranças com capacidade de fazer concessões numa negociação com a ANP em caso de mediação de Washington.
Uma boa maneira de avaliar expectativas possíveis para este governo é uma leitura atenta do discurso de posse proferido hoje. Vou fazer uma leitura mais detida e posto algo amanhã.
Por hoje vimos bastante euforia em diversas partes do mundo e só as bolsas de valores - aquelas velhas desconhecidas - em depressão (também?!! quem entende essas Bolsas?? Haja paciência!!)
Um comentário:
Hoje, ainda, podemos nos alegrar com o que simboliza a posse de Obama - "um homem negro, jovem, com a história familiar que tem, que assina "Hussein" entre seus nomes mais conhecidos, com educação e influência islâmica na sua formação, filho de Queniano "... E sonhar com um mundo mais justo... Depois...
Abraços!
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