domingo, 31 de maio de 2009

Debate do Pensamento freireano

Manhã chuvosa e fria. 30 de maio de 2009. Rumamos ao Alegrete. (clica na imagem para ver melhor)
Respondendo ao convite feito pela Secretaria Municipal de Educação do município vizinho, nosso Instituto Estadual Paulo Freire participou da 1ª Semana Municipal Debates do Pensamento Freireano.

O evento foi lançado no domingo, dia 24 de maio, com um ato na Rua que leva o nome do educador pernambucano, numa comunidade do Alegrete. Entre a comunidade alegretense, educadores e educandos, a vice-prefeita Preta Mulazzani e o Secretário Municipal de Educação e Cultura Professor Jorge Sitó; deu-se a abertura do evento, com os olhos voltados para a utopia possível e os pés firmemente repousados sobre a Rua Paulo Freire.

A semana foi movimentada pleas oficinas e pelos painéis e debates de quinta a sábado. A Câmara Municipal recebu a organização da "Semana", juntamente com um dos palestrantes; o professor Danilo.
clica na imagem para ver a nota do portal da CM de AlegreteNossa ida até lá estava inserida no Seminário de encerramento da Semana. A programação dos debates foi a seguinte:
28/05 - Pensamento Freireano entre a Modernidade e Pós-Modernidade com o professor Danilo Streck
29/05 - Educação Popular na Escola Pública -com os professores Balduino Andreola e Luiz Gilberto
30/05 - Concepções e Práticas - relato da experiência e proposta de escola com o Instituto Estadual Paulo Freire(Uruguaiana-RS)

*************

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Brasil - Os dez estragos de FHC na Petrobras

do site Adital -

Fernando Leite Siqueira, selecionou dez estragos produzidos pelo Governo FHC no Sistema Petrobrás, que seguem:
1993 - Como ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso fez um corte de 52% no orçamento da Petrobrás previsto para o ano de 1994, sem nenhuma fundamentação ou justificativa técnica. Ele teria inviabilizado a empresa se não tivesse estourado o escândalo do orçamento, envolvendo vários parlamentares apelidados de ‘anões do orçamento’, no Congresso Nacional, assunto que desviou a atenção do País, fazendo com que se esquecessem da Petrobrás. Todavia isto causou um atraso de cerca de 6 meses na programação da empresa, que teve de mobilizar as suas melhores equipes para rever e repriorizar os projetos integrantes daquele orçamento;
1994 - ainda como ministro da Fazenda, com a ajuda do diretor do Departamento Nacional dos Combustíveis, manipulou a estrutura de preços dos derivados do petróleo, de forma que, nos 6 últimos meses que antecederam o Plano Real, a Petrobrás teve aumentos mensais na sua parcela dos combustíveis em valores 8% abaixo da inflação. Por outro lado, o cartel internacional das distribuidoras derivados teve aumentos de 32%, acima da inflação, nas suas parcelas.
Isto significou uma transferência anual, permanente, de cerca de US$ 3 bilhões do faturamento da Petrobrás, para o cartel dessas distribuidoras.
A forma de fazer isto foi através dos 2 aumentos mensais que eram concedidos aos derivados, pelo fato de a Petrobrás comprar o petróleo em dólares, no exterior, e vender no mercado em moeda nacional. Havia uma inflação alta e uma desvalorização diária da nossa moeda. Os dois aumentos repunham parte das perdas que a Petrobrás sofria devido a essa desvalorização.
Mais incrível: a Petrobrás vendia os derivados para o cartel e este, além de pagá-la só 30 a 50 dias depois, ainda aplicava esses valores e o valor dos tributos retidos para posterior repasse ao tesouro no mercado financeiro, obtendo daí vultosos ganhos financeiros em face da inflação galopante então presente. Quando o plano Real começou a ser implantado com o objetivo de acabar com a inflação, o cartel reivindicou uma parcela maior nos aumentos porque iria perder aquele duplo e absurdo lucro.
1995 - Em fevereiro, já como presidente, FHC proibiu a ida de funcionários de estatais ao Congresso Nacional para prestar informações aos parlamentares e ajudá-los a exercer seus mandatos com respaldo de informações corretas. Assim, os parlamentares ficaram reféns das manipulações da imprensa comprometida. As informações dadas aos parlamentares no governo de Itamar Franco, como dito acima, haviam impedido a revisão com um claro viés neoliberal da Constituição Federal.
Emitiu um decreto, 1403/95 que instituía um órgão de inteligência, o SIAL, Serviço de Informação e apoio Legislativo, com o objetivo de espionar os funcionários de estatais que fossem a Brasília falar com parlamentares. Se descobertos, seriam demitidos.
Assim, tendo tempo para me aposentar, solicitei a aposentadoria e fui para Brasília por conta da Associação. Tendo recursos bem menores que a Petrobrás (que, no governo Itamar Franco enviava 15 empregados semanalmente ao Congresso), eu só podia levar mais um aposentado para ajudar no contato com os parlamentares. Um dos nossos dirigentes, Argemiro Pertence, mudou-se para Brasília, às suas expensas, para ajudar nesse trabalho;
Também em 1995, FHC deflagrou o contrato e a construção do Gasoduto Bolívia-Brasil, que foi o pior contrato que a Petrobrás assinou em sua história. FHC, como ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, funcionou como lobista em favor do gasoduto. Como presidente, suspendeu 15 projetos de hidrelétricas em diversas fases, para tornar o gasoduto irreversível. Este fato, mais tarde, acarretaria o `apagão` no setor elétrico brasileiro.
As empresas estrangeiras, comandadas pela Enron e Repsol, donas das reservas de gás naquele país só tinham como mercado o Brasil. Mas a construção do gasoduto era economicamente inviável. A taxa de retorno era de 10% ao ano, enquanto o custo financeiro era de 12% ao ano. Por isto pressionaram o Governo a determinar que Petrobrás assumisse a construção. A empresa foi obrigada a destinar recursos da Bacia de Campos, onde a Taxa de Retorno era de 80%, para investir nesse empreendimento. O contrato foi ruim para o Brasil pelas seguintes razões: mudança da matriz energética para pior, mais suja, ficar dependente de insumo externo dominado por corporações internacionais, com o preço atrelado ao do petróleo e valorada em moeda forte; foi ruim para a Bolívia que só recebia 18% pela entrega de uma de suas últimas riquezas, a mais significativa. Evo Morales elevou essa participação para 80% (a média mundial de participação dos países exportadores é de 84%) e todas as empresas aceitaram de bom grado. E foi péssimo para a Petrobrás que, além de tudo, foi obrigada a assinar uma cláusula de ‘Take or Pay’, ou seja, comprando ou não a quantidade contratada, ela pagaria por ela. Assim, por mais de 10 anos, pagou por cerca de 10 milhões de metros cúbicos sem conseguir vender o gás no mercado nacional.
Em 1995, o governo, faltando com o compromisso assinado com a categoria, levou os petroleiros à greve, com o firme propósito de fragilizar o sindicalismo brasileiro e a sua resistência às privatizações que pretendia fazer. Havia sido assinado um acordo de aumento de salário de 13%, que foi cancelado sob a alegação de que o presidente da Petrobrás não o havia assinado. Mas o acordo foi assinado pelo então Ministro das Minas e Energia, Delcídio Amaral, pelo representante do presidente da Petrobrás e pelo Ministro da Fazenda, Ciro Gomes.
Além disto, o acordo foi assinado a partir de uma proposta apresentada pelo presidente da Petrobrás. Enfim, foi deflagrada a greve, após muita provocação, inclusive do Ministro do TST, Almir Pazzianoto, que disse que os petroleiros estavam sendo feitos de palhaços. FHC reprimiu a greve fortemente, com tropas do exercito nas refinarias, para acirrar os ânimos. Mas deixou as distribuidoras multinacionais de gás e combustíveis sonegarem os produtos, pondo a culpa da escassez deles nos petroleiros. No fim, elas levaram 28% de aumento, enquanto os petroleiros perderam até o aumento de 13% já pactuado e assinado.
Durante a greve, uma viatura da Rede Globo de Televisão foi apreendida nas proximidades de uma refinaria, com explosivos. Provavelmente, pretendendo uma ação sabotagem que objetivava incriminar os petroleiros. No balanço final da greve, que durou mais de 30 dias, o TST estabeleceu uma multa pesada que inviabilizou a luta dos sindicatos. Por ser o segundo maior e mais forte sindicato de trabalhadores brasileiros, esse desfecho arrasador inibiu todos os demais sindicatos do país a lutar por seus direitos. E muito menos por qualquer causa em defesa da Soberania Nacional. Era a estratégia de Fernando Henrique para obter caminho livre e sangrar gravemente o patrimônio brasileiro.
1995 - O mesmo Fernando Henrique comandou o processo de mudança constitucional para efetivar cinco alterações profundas na Constituição Federal de 1988, na sua Ordem Econômica, incluindo a quebra do monopólio Estatal do Petróleo, através de pressões, liberação de emendas dos parlamentares, barganhas e chantagens com os parlamentares (o começo do ‘mensalão’ - compra de votos de parlamentares com dinheiro desviado do erário público). Manteve o presidente da Petrobrás, Joel Rennó que, no governo Itamar Franco, chegou a fazer carta ao Congresso Nacional defendendo a manutenção do monopólio estatal do petróleo, mas que, no governo FHC, passou a defensor empedernido da sua quebra.
AS CINCO MUDANÇAS CONSTITUCIONAIS PROMOVIDAS POR FHC:
1) Mudou o conceito de empresa nacional. A Constituição de 1988 havia estabelecido uma distinção entre empresa brasileira de capital nacional e empresa brasileira de capital estrangeiro. As empresas de capital estrangeiro só poderiam explorar o subsolo brasileiro (minérios) com até 49% das ações das companhias mineradoras. A mudança enquadrou todas as empresas como brasileiras. A partir dessa mudança, as estrangeiras passaram a poder possuir 100% das ações. Ou seja, foi escancarado o subsolo brasileiro para as multinacionais, muito mais poderosas financeiramente do que as empresas nacionais. A Companhia Brasileira de Recursos Minerais havia estimado o patrimônio de minérios estratégicos brasileiros em US$ 13 trilhões. Apenas a companhia Vale do Rio Doce detinha direitos minerários de US$ 3 trilhões. FHC vendeu essa companhia por um valor inferior a que um milésimo do valor real estimado.
2) Quebrou o monopólio da navegação de cabotagem, permitindo que navios estrangeiros navegassem pelos rios brasileiros, transportando os minérios sem qualquer controle;
3) Quebrou o monopólio das telecomunicações, para privatizar a Telebrás por um preço abaixo da metade do que havia gastado na sua melhoria nos últimos 3 anos, ao prepará-la para ser desnacionalizada. Recebeu pagamento em títulos podres e privatizou um sistema estratégico de transmissão de informações. Desmontou o Centro de Pesquisas da empresa e abortou vários projetos estratégicos em andamento como capacitor ótico, fibra ótica e TV digital;
4) Quebrou o monopólio do gás canalizado e entregou a distribuição a empresas estrangeiras. Um exemplo é a estratégica Companhia de Gás de São Paulo, a COMGÁS, que foi vendida a preço vil para a British Gas e para a Shell. Não deixou a Petrobrás participar do leilão através da sua empresa distribuidora. Mais tarde, abriu parte do gasoduto Bolívia-Brasil para essa empresa e para a Enron, com ambas pagando menos da metade da tarifa paga pela Petrobrás, uma tarifa baseada na construção do Gasoduto, enquanto que as outras pagam uma tarifa baseada na taxa de ampliação.
5) Quebrou o Monopólio Estatal do Petróleo, através de uma emenda à Constituição de 1988, retirando o parágrafo primeiro, elaborado pelo diretor da AEPET, Guaracy Correa Porto, que estudava direito e contou com a ajuda de seus professores na elaboração. O parágrafo extinto era um salvaguarda que impedia que o governo cedesse o petróleo como garantia da dívida externa do Brasil. FHC substituiu esse parágrafo por outro, permitindo que as atividades de exploração, produção, transporte, refino e importação fossem feitas por empresas estatais ou privadas. Ou seja, o monopólio poderia ser executado por várias empresas, mormente pelo cartel internacional;
1996 - Fernando Henrique enviou o Projeto de Lei que, sob as mesmas manobras citadas, se transformou na Lei 9478/97. Esta Lei contem artigos conflitantes entre si e com a Constituição Brasileira. Os artigos 3º, 4º e 21, seguindo a Constituição, estabelecem que as jazidas de petróleo e o produto da sua lavra, em todo o território Nacional (parte terrestre e marítima, incluído o mar territorial de 200 milhas e a zona economicamente exclusiva) pertencem à União Federal. Ocorre que, pelo seu artigo 26 -- fruto da atuação do lobby sobre uma brecha deixada pelo Projeto de Lei de FHC -- efetivou a quebra do Monopólio, ferindo os artigos acima citados, além do artigo 177 da Constituição Federal que, embora alterada, manteve o monopólio da União sobre o petróleo. Esse artigo 26 confere a propriedade do petróleo a quem o produzir.
* Associação dos Engenheiros da Petrobras


--> E hoje a tucanalha quer CPI para investigar os ataques que Lula cometeu à Política de Desestatização !!!!!!!! Tem coisa que não dá pra engolir mesmo!!!!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Yeda vai cair...

Quando as denúncias apareceram e até na Veja divulgaram as tucanagens de Yeda eu passei a usar um tag para algumas subversões: o Yeda vai cair.

Afinal de contas, por muito menos já se degolou aqui nesse estado e, pelo jeito que a coisa vai, nõ haverá outro destino para Yeda mesmo...
Só que não era bem isso que eu pensava:Leia a comédia completa, devidamente registrada pela abelhinha


Na legenda desta foto, um destaque ao "bom humor" da Governadora
- ela brincou "bem que eu estava ouvindo uns barulhinhos!"
Que espirituosa!!!!!!!!!!


ENIGMA: fritaram de novo o RS Urgente????

uma imagem vale mais...




terça-feira, 19 de maio de 2009

LULA é da Paz !

Deu no El País !
Deu na Rádio da ONU !
Deu na UNESCO Brasília !
Deu na Agência Brasil (bem discretamente) !
Deu na Última Hora !
e em alguns canais e blogs alternativos, mas na grande imprenssa brasileira não deu nada! No New York Times também não deu! E olha que é uma notícia importante!
Pra quem não clicou nso links acima, trata-se do Prêmio pela Paz Félix Houphouët-Boigny concedido pela UNESCO desde a 1989 (veja aqui , em Inglês ou FrancÊs), sempre que alguma personalidade reúne condições ou realizações condizentes com o espirito do prêmio (ou seja, não é obrigatório que anualemnte seja alguém laureado; apenas quando algúém é reconhecidamente merecedor!)


"Decidimos conceder o Prêmio pela Paz Félix Houphouët-Boigny a Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República do Brasil, por suas ações em busca da paz, do diálogo, da democracia, da justiça social e da igualdade de direitos, assim como por sua valiosa contribuição para a erradicação da pobreza e a proteção dos direitos das minorias", justificou o ex-presidente de Portugal Mario Soares, integrante do júri, ao anunciar a decisão.

Pois é, mas está tudo bem escondido pela nossa imprensa maior. Os grandes veículos de comunicação ignoraram solenemente esta premiação que credencia o presidente Lula, inclusive, ao PrÊmio Nobel da PAZ, já que, em oportunidades anteriores, esta premiação foi seguida depois pelo Nobel, na Suécia.


O Lula, aquele que a elite julga tão incapaz, é favorito ao Nobel da Paz. Nobel esse que ninguém no Brasil, mesmo da elite cheia de competência, jamais foi capaz de receber. Nem de chegar perto de ganhar (Augusto Boal, também ligado ao PT, foi concorrente ao Nobel da Paz por seu trabalho com o Teatro do Oprimido e inclusive é candidato, pós-morte, ainda esse ano, também). Sérgio telles - Opiniões.

Guantánamo

Ainda em janeiro, postando sobre a posse de Obama, uma das questões que mais me chamava a atenção era o possível fechamento da prisão de Guantánamo. Aventada durante a campanha e citada nas primeiras manifestações do Presidente, dava a entender que poderia se abrir uma nova época na política externa e na "Cruzada" contra o "terrorismo" das épocas Bushianas, mas como o Tio Sam é o mesmo não poderíamos nos iludir.
Presos políticos de Guantánamo voltarão a ter julgamento militar
do site Adital -

Na ultima sexta-feira, 15, o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu reinstalar o Tribunal Militar na base de Guantânamo, em Cuba, local em que estão detidos presos políticos que respondem por supostos atos terroristas. Durante a campanha eleitoral, Obama prometeu que fecharia a prisão.

Nos primeiros dias como presidente, Obama assinou uma ordem executiva em que suspendia por 120 dias os julgamentos em Guantánamo e garantia a possibilidade de fechar a prisão no prazo de um ano. Para o professor do departamento de Economia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Nildo Ouriques, que integra o Instituto de Estudos Latino-americanos (IELA), tal medida não mostrava que o presidente realizaria grandes mudanças na gestão, o que, agora, está sendo comprovado.

De acordo com o professor, o retorno dos Tribunais Militares mostra que "os Estados Unidos continuam violando a própria Constituição", pois "os juízes especiais [utilizados nesses Tribunais] não têm amparo jurídico nos Estados Unidos". Além disso, o professor ainda critica a promessa de Obama em fechar a prisão: "ele não tem que fechar as prisões, ele tem é que devolver Guantânamo aos cubanos", considera.

Para o professor, a atitude de Obama em relação a Guantânamo já era esperada. Ele afirma que, com o anúncio, começam a cair as esperanças dos que viam o presidente como "Jesus Cristo". Para Ouriques, o presidente é apenas um político americano e que, como tal, é o representante do imperialismo norte-americano. "Os eleitores de Obama certamente estão vendo como um político convencional", afirma.

Segundo o professor, o que se pode perceber é que o presidente estadunidense continua seguindo a política imperialista do país. "Obama está se comprovando ser o que seria um político americano", afirma. Para ele, quem se surpreendeu com a decisão do presidente era porque estava muito iludido. "Por que os Estados Unidos iam se tornar bonzinhos?", questiona.

O que também continua em questão será a forma do julgamento. Os Tribunais Militares, também chamados de "comissões militares" se estabeleceram na administração de George W. Bush para julgar suspeitos por atos de terrorismo. Vários organismos de direitos humanos criticam a prisão por manter pessoas sem o julgamento legal a que têm direito e por adotar práticas de tortura.

De acordo com informações da administração, os presos serão julgados através de um novo sistema que consistirá em uma série de "proteções legais" para os acusados. Entretanto, para Ouriques, a permanência de torturas na prisão ainda é uma "incógnita".

quinta-feira, 14 de maio de 2009

CPI Já !

O movimento pelo Fora Yeda já tem um novo endereço: o ZERO CORRUÇÃO !
Além da grande rede de debates, informações e (sub) versões que se contrapõem ao que os falastrões de sempre tentam divulgar; minimizando as acusações e dando guarida a todo e qualquer descalabro tucano, agora temos o ZERO CORRUPÇÃO !

Clique na imagem acima e conheça esse novo espaço; acompanhando o comportamento de nossa Assembléia Legislativa que tem, em suas mãos, a possibilidade de fazer história cumprindo seu papel republicano de apurar as denúncias (que não são poucas e nem desprezíveis).

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Ato Público!

Não dá mais pra ficar calado!



Acompanhe os blogs que conseguem fazer a crítica às versões que a mídia insite em nos fazer engolir... Aqui indico dois, mas o "infomar" tem muita coisa alternativa pra se ver!
-RS Urgente

-Cloaca

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Nota do CPERS


NOTA DO CPERS/SINDICATO

Este governo não tem legitimidade para continuar! Fora Yeda!
As provas apresentadas pela revista Veja, neste final de semana, comprovam tudo aquilo que o CPERS/Sindicato denunciava desde o ano passado. Na ocasião, o sindicato, junto com as outras nove entidades do Fórum dos Servidores Públicos Estaduais, lançou a campanha Ela não pode continuar – Fora Yeda!
Para o CPERS/Sindicato, um governo como este não reúne as mínimas condições de continuar representando o Rio Grande do Sul. É um governo marcado pela corrupção, que trabalha pela destruição da educação, da saúde, da segurança, enfim, de todos os serviços públicos.
O CPERS/Sindicato, em conjunto com as demais entidades do Fórum dos Servidores Públicos Estaduais e do movimento estudantil, vai continuar chamando a sociedade gaúcha para fortalecer a campanha Ela não pode continuar - Fora Yeda! Nesta semana, o Rio Grande vai pegar fogo!

Porto Alegre, 09 de maio de 2009
(leia no Site do CPERS)

* A luta não para! E na QUINTA-FEIRA tem ATO PÚBLICO ESTADUAL, em POA!


E na surdina o Plano de "reformar" a educação segue firme por parte da tucanagem... em Uruguaiana o circo estará armado nesta quarta-feira, em Encontro Regional de Direções de Escola... na pauta: as mudanças no Plano de Carreira e outras judiarias.

CPI nela!

CPI é inevitável, diz Marcon
O presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, deputado Dionilso Marcon (PT) entende que não resta mais alternativa ao Parlamento a não ser a de aceitar a abertura de pedido de uma CPI para investigar as denúncias de corrupção contra o governo Yeda Crusius (PSDB).
Marcon lembra que foi a operação Rodin, da Policia Federal, que desbaratou a quadrilha que desviava recursos públicos do Detran. A quadrilha era formada por gente importante no meio político e tinha vínculo direto com membros do governo Yeda. A operação também gerou outras linhas de investigação, desvendando várias outras “falcatruas” envolvendo fraude na licitação da merenda escolar e na construção de estradas no município de Canoas, na gestão do PSDB.

O deputado informa que do início do governo Yeda até hoje já foram substituídos 46 pessoas do primeiro e do segundo escalão do governo. Parte das substituições dos agentes políticos foi por atos de corrupção ou afastados por denuncia de envolvimento com graves irregularidades e desvios de recursos públicos.

Para o deputado Marcon as denuncias de utilização de corrupção no governo Yeda será apenas uma das linhas de investigação, pois há suspeitas de irregularidades e de corrupção em várias frentes. Uma dessas é a recente substituição da diretora do Detran, delegada Estella Maris Simon, que pediu exoneração. Em solidariedade, o diretor-técnico do Detran, Ildo Mário Szinvelski, e o diretor administrativo e financeiro, Helidomar Burity Borba, entregaram seus cargos.

Outro fato que intriga os parlamentares é a participação do secretário da Transparência e promotor de justiça, Otaviano Brenner de Moraes.

O secretário passou por cima da direção do Detran e acatou diretamente, em nome da governadora, uma suposta dívida com a empresa Atento que cobra uma suposta dívida de R$ 16 milhões. O procurador-chefe do Ministério Público de Contas, Geraldo da Camino recomendou uma ação cautelar suspendendo qualquer pagamento até que se apure se a dívida realmente existe e se o Estado é responsável por ela.

Segundo Marcon esse não era o papel de um secretário de transparência, mas sim da direção do Detran, que pediu para sair, pois estava sem sustentação política para corrigir os graves problemas do Detran.

Além da segunda demissão na presidência do Detran soma-se a isso à saída do ex-secretário da Segurança Enio Bacci, da ex-secretária da Transparência Mercedes Rodrigues e do ex-ouvidor da Segurança Pública Adão Paiani.

A bancada petista reúne-se hoje (11) com a direção da OAB/RS e também com deputados do PSB, do PCdoB e do PDT para garantir as 19 assinaturas necessárias para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito.
Fonte: assessoria do Deputado Marcon

Sobre as denúncias "requentadas" veja mais no RS Urgente

Link da VEJA

Achei o link de novo:

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/gravacoes-comprometem-governo-yeda-crusius-469353.shtml

sábado, 9 de maio de 2009

O Novo Jeito (de novo)

A Revista Veja que vai as bancas essa semana traz uma reportagem com a divulgação de cerca de 10% do conteúdo das gravações que Lair Ferst fez de reuniões e conchavos tucanos nos últimos anos.

As "supostas" gravações ganham agora status público e documental. O próprio discurso da Governadora agora é outro. Se antes, quando o PSOL ameaçava divulgar o conteúdo das gravações ela dizia que "não ia entrar em briga de bêbados"; agora ela diz que "não entende como um amigo pode gravar outro amigo" ! Que mudança, hein?!!

No site da revista Veja estava, até ontem, um trecho da matéria (na íntegra apenas para assinantes). Hoje ao tentar retornar lá e linkar aqui o trecho já bastante revelador, para minhasurpresa: todo o conteúdo relativo ao RS e o governo Yeda está bloqueado e com acesso apenas para assinantes!!!!!!!!!!! Ainda não li a edição impressa, mas muito material já circula pela internet comentando e repercutindo a referida matéria. Destaque para o RS Urgente que, antes do site esconder o fragmento, divulgou na íntegra (leia aqui!) e seguiu repercutindo a notícia (vale a pena acompanhar a entrevista da "viúva" de Marcelo Cavalcante, Magda Koenigkan. Só pra deixar o pessoal com "água na boca" com a entrevista, deixo uma palhinha, sobre se havia ou não Caixa 2 na campanha do PSDB-45-YEDA:
Marcelo falava em caixa dois?
Até do caixa dois do caixa dois. Marcelo deu os 400 000 reais a Carlos Crusius no comitê da campanha. Crusius agradeceu e foi para uma sala mais reservada, enquanto Marcelo conversava com fornecedores que esperavam para receber o dinheiro que lhes deviam. Aí, Crusius apareceu e disse: "Quero me desculpar. Não conseguimos o dinheiro. Vamos precisar de mais um prazo. Espero sua compreensão".
Como Marcelo reagiu?
Foi tirar satisfações com Crusius. Ele sempre me repetia essa história. Contava que disse a Crusius: "Como não tem dinheiro? Entreguei na sua mão". Marcelo acreditava que Crusius escondia tudo da governadora. Mas ela justificou a história. Chegou e disse: "Marcelinho, Crusius quer pagar uma dívida antiga nossa que está apertando a gente e, se sair na mídia, não vai ser bom". Marcelo se indagava sobre que dívida era aquela. Ele, que cuidava das finanças dela, não conhecia essa dívida.
EM TEMPO: Yeda, que havia decorado a sorridente edição do jornal do almoço de sexta-feira por longos e amigáveis minutos ao lado de Lasier e sua turma; hoje concedeu (sic) entrevista coletiva no Pirtatini para comentar a reportagem de VEJA. A propósito, apenas jornalistas CONVIDADOS puderam entrar na coletiva! Por quê , hein??!?!?!
Todas essas "novidades" movimentaram a cena política nas últimas horas. O Dep Raul Pont (PT) afirma que as assinaturas necessárias para a abertura d euma CPI já estão praticamente garantidas após a entrevista da Magda! Imagino até o Carlos Crusius (ex da governadora) entoando um derradeiro e tardio "Cala a boca, Magda!"...

RS Urgente

Sem explicações o endereço do RS Urgente foi surrupiado (!!!!)

Agora devemos acessar pelo blogspot.

www.rsurgente.blogspot.com

Vai saber o q houve...?!?!?!

O Dialógico tem uma pista...

domingo, 3 de maio de 2009

A Revolta das Galinhas

Que pra aguentar nossa lida na Rede Estadual com Yeda e Mariza só com muita força de vontade e criatividade não é novidade pra ninguém!

Um desses guerreiros (ou malucos) que fazem as escolas funcionar e receber nossa comunidade e ainda arrancar uma ponta de alegria e esperança das mentes e corações é o meu amigo Jorge Claudemir, o Seu Jorge, companheiro também blogueiro, que assim se define:

- Poeta e declamador - Funcionário de escola, Nivel II, recebendo um salário básico de R$ 505,00 (Salário Mínimo, apartir de Janeiro), cursando o terceiro ano de Direito e sem nenhuma perspectiva de aproveitamento na área educacional (burrice institucionalizada). Enquanto o governo reclama da falta de professores, existem muitos colegas formados esperando uma chance!

Olha o que escreveu:

A REVOLTA DAS GALINHAS.
Cá pras bandas do Rio Grande
me surgiu um fato estranho;
Pra contar até me acanho
que é deveras engraçado:
pois, na história deste pago
o mais fraco não se achica
e nem o tal de “Freud” explica
o que se deu pra estes lados.

Veio da querência do norte
uma fêmea de lagarto,
que chegou de senho alto
e um bando de lagartinho,
com ganas de achar caminho
que levasse a um galinheiro,
pra num golpe bem matreiro
se aboletar pelos ninhos.

Dali, seria mais fácil
alimentar sua ninhada.
Com a estratégia traçada
a “teiú” rondou o momento,
e não demorou muito tempo
pra que os galos se descuidassem
e a prole, então, se ajeitasse
pra buscar o seu sustento.

Não demorou a teatina
tomou conta do poder,
e a primeira coisa a fazer
foi assinar um decreto:
que a galinhada, por certo
poria dois ovos por dia,
um para alimentar suas crias
e outro pra pagar os excessos.

Mudou bastante os costumes,
de há muito no galinheiro,
os galos perderam o poleiro
e lhes diminuíram a ração,
se quisessem ganhar o pão
tinham de cuidar pintinhos
e os frangotes mais novinhos
comiam e dormiam no chão.

Tinha galo de cara feia
e galinha de má vontade,
reclamando, barbaridade,
do trabalho e do imposto;
já não se achavam dispostos
nem pra chocar pintinhos,
mal o ovo caía no ninho
já virava tira-gosto.

E a lagarta roncando grosso
ditando lei pros dois lados,
trazia o galinheiro espichado
num arrocho de dar medo.
Mas, já não era segredo
que os galos urdiam trama
e as reuniões da galinhama
aconteciam de manhã cedo.

Os lagartos levantam tarde
e as galinhas de madrugada,
foi na hora desencontrada
que se formou a revolução
lá pelos fundos do galpão
a fofoca era “a la farta”,
as idéias eram parcas
mas acharam a solução.

Que sonegariam os ovos:
foi aceito em assembléia;
as galinhas deram a idéia,
e passaram logo a vigília,
escorraçariam a pandilha
que estava ali de estorvo;
não botariam um ovo
pra alimentar a quadrilha.

E assim se deu o motim
por todo aquele recinto,
os lagartos meio famintos,
recorriam a despensa,
alguns firmavam a crença
que o outro havia-o roubado
e quase desesperados
iniciaram as desavenças.

Foram passando os dias
e o bando se dispersando
os mais espertos migrando
pra galinheiros mais fartos
porque a sina de lagarto
e viver de ovo e mel,
e se lhe faltar o farnel
logo ele muda de mato.

Ficou só a lagarta velha
comendo a própria cola,
vivendo meio de esmola
e da bondade das aladas,
mas, na primeira bolada
se manda a campo fora
que é melhor ir-se embora
e escapar da cachorrada.

Vai chegar de cola curta
na sua antiga morada,
mas, com a língua afiada
e se gabando da sorte,
dizendo-se muito forte,
ainda que meio tonta,
e vai querer tomar conta
dos galinheiros do norte.

Os galináceos aprenderam
que alguém tem de mandá-los,
mas, terá que ser um galo
que conheça o galinheiro,
não um lagarto “oveiro”,
ou sorro magro de grota;
se há quem conheça a volta
porque aceitar “breteiro”.

Tomara, nunca mais venha
cá pras bandas do rincão,
que fique lá no seu chão
melando umas lixiguanas,
pois, mandante aragana
não há de aparecer duas,
que os galos tiram na pua
outra lagarta tirana.



Tomara, Seu Jorge...Tomara!!!!!

sábado, 2 de maio de 2009

Swine Flu

Coisas da Política - A gripe dos porcos e a mentira dos homens
Mauro Santayana

O governo do México e a agroindústria procuram desmentir o óbvio: a gripe que assusta o mundo se iniciou em La Glória, distrito de Perote, a 10 quilômetros da criação de porcos das Granjas Carroll, subsidiária de poderosa multinacional do ramo, a Smithfield Foods.

La Glória é uma das mais pobres povoações do país. O primeiro a contrair a enfermidade (o paciente zero, de acordo com a linguagem médica) foi o menino Edgar Hernández, de 4 anos, que conseguiu sobreviver depois de medicado.

Provavelmente seu organismo tenha servido de plataforma para a combinação genética que tornaria o vírus mais poderoso. Uma gripe estranha já havia sido constatada em La Glória, em dezembro do ano passado e, em março, passou a disseminar-se rapidamente.

Os moradores de La Glória – alguns deles trabalhadores da Carroll – não têm dúvida: a fonte da enfermidade é o criatório de porcos, que produz quase 1 milhão de animais por ano. Segundo as informações, as fezes e a urina dos animais são depositadas em tanques de oxidação, a céu aberto, sobre cuja superfície densas nuvens de moscas se reproduzem. A indústria tornou infernal a vida dos moradores de La Glória, que, situados em nível inferior na encosta da serra, recebem as águas poluídas nos riachos e lençóis freáticos. A contaminação do subsolo pelos tanques já foi denunciada às autoridades, por uma agente municipal de saúde, Bertha Crisóstomo, ainda em fevereiro, quando começaram a surgir casos de gripe e diarreia na comunidade, mas de nada adiantou. Segundo o deputado Atanásio Duran, as Granjas Carroll haviam sido expulsas da Virgínia e da Carolina do Norte por danos ambientais. Dentro das normas do Nafta, puderam transferir-se, em 1994, para Perote, com o apoio do governo mexicano. Pelo tratado, a empresa norte-americana não está sujeita ao controle das autoridades do país. É o drama dos países dominados pelo neoliberalismo: sempre aceitam a podridão que mata.

O episódio conduz a algumas reflexões sobre o sistema agroindustrial moderno. Como a finalidade das empresas é o lucro, todas as suas operações, incluídas as de natureza política, se subordinam a essa razão. A concentração da indústria de alimentos, com a criação e o abate de animais em grande escala, mesmo quando acompanhada de todos os cuidados, é ameaça permanente aos trabalhadores e aos vizinhos. A criação em pequena escala – no nível da exploração familiar – tem, entre outras vantagens, a de limitar os possíveis casos de enfermidade, com a eliminação imediata do foco.

Os animais são alimentados com rações que levam 17% de farinha de peixe, conforme a Organic Consumers Association, dos Estados Unidos, embora os porcos não comam peixe na natureza. De acordo com outras fontes, os animais são vacinados, tratados preventivamente com antibióticos e antivirais, submetidos a hormônios e mutações genéticas, o que também explica sua resistência a alguns agentes infecciosos. Assim sendo, tornam-se hospedeiros que podem transmitir os vírus aos seres humanos, como ocorreu no México, segundo supõem as autoridades sanitárias.

As Granjas Carroll – como ocorre em outras latitudes e com empresas de todos os tipos – mantêm uma fundação social na região, em que aplicam parcela ínfima de seus lucros. É o imposto da hipocrisia. Assim, esses capitalistas engambelam a opinião pública e neutralizam a oposição da comunidade. A ação social deve ser do Estado, custeada com os recursos tributários justos. O que tem ocorrido é o contrário disso: os estados subsidiam grandes empresas, e estas atribuem migalhas à mal chamada "ação social". Quando acusadas de violar as leis, as empresas se justificam – como ocorre, no Brasil, com a Daslu – argumentando que custeiam os estudos de uma dezena de crianças, distribuem uma centena de cestas básicas e mantêm uma quadra de vôlei nas vizinhanças.

O governo mexicano pressionou, e a Organização Mundial de Saúde concordou em mudar o nome da gripe suína para Gripe-A. Ao retirar o adjetivo que identificava sua etiologia, ocultou a informação a que os povos têm direito. A doença foi diagnosticada em um menino de La Glória, ao lado das águas infectadas pelas Granjas Carroll, empresa> norte-americana criadora de porcos, e no exame se encontrou a cepa da gripe suína. O resto, pelo que se sabe até agora, é o conluio entre o governo conservador do México e as Granjas Carroll – com a cumplicidade da OMS.

Sexta-feira, 01 de Maio de 2009 - 00:00